Os servidores do Incra em São Paulo decidiram hoje, em assembleia, manter o “estado de greve”.
A categoria avaliou que, por falta de uma articulação nacional do movimento grevista, não há ainda condições para retomar a paralisação.
Foi reafirmada, ainda, a postura crítica em relação à Cnasi e à Condsef, que não trabalharam pela construção de uma mobilização nacional.
Os servidores de São Paulo defenderam desde o início da greve a criação de um Comando Nacional de Mobilização.
Mas a Cnasi arvorou-se como única representante dos servidores do Incra, apesar de sua falta de representatividade cada vez mais evidente.
Houve, inclusive, tentativas de barrar os representantes de São Paulo nas reuniões com o Ministério do Planejamento.
São Paulo foi a última superintendência do Incra a suspender a greve no dia 19 de maio, apesar de discordar veementemente do recuo proposto pela Cnasi e Condsef.
Avaliamos que não havia condições de manter uma greve isolada, mas que o recuo era um erro e demonstraria ao governo a fragilidade dos servidores do Incra.
Além disso, a Cnasi e a Condsef apostavam na apresentação de uma proposta, sem que o governo houvesse assumido qualquer compromisso em mesa de negociação.
O resultado confirmou nossas piores expectativas: o governo não apresentou proposta e o incipiente movimento grevista se desarticulou por completo.